Confusão das normas
Uma das normas mais utilizadas nos Estados Unidos para sistemas de bombeamento para combate a incêndio é a NFPA-20 ( National Fire Protection Association ) – ( Intallation of Stationary Pumps ). As seguradoras a adotam/exigem por oferecer grande confiabilidade na eficiência de operação para os equipamentos especificados conforme seus artigos.
Um deles estabelece que os equipamentos de bombeamento para combate a incêndio devem ser certificados por organismo independente: são os chamados com certificação UL/FM ( Underwritter Laboratories Inc./ Factory Mutual Approvals ). Todos os equipamentos certificados de combate a incêndio podem ser localizados em listas oficiais na internet, com indicação do fabricante e modelo. Os fabricantes brasileiros não certificam seus produtos, com raras exceções, significando que bombas, painéis, válvulas de alívio, cone de descarga, motores diesel e elétrico, medidores de vazão, etc… devem ser importados dos Estado Unidos. Se os equipamentos de bombeamento não forem certificados UL/FM, o sistema não estará “conforme” a NFPA-20.
Alguns poucos fabricantes no Brasil certificaram alguns modelos de bombas, mas mesmo para eles o restante tem que ser importado. A prática usual no mercado é importar o equipamento completo.
A ABNT ( Associação Brasileira de Normas Técnicas ) tem duas normas para sistemas de bombeamento para combate a incêndio: NBR 13.714 para hidrantes e mangotinhos e NBR 10.897 para sprinklers. Estabelecem os critérios mas não exigem certificação, ainda. Muitos dos critérios foram baseados na NFPA-20. Como exemplo um artigo da 10.897 exige que a curva da bomba atenda a um segundo ponto com 1,5 vezes a vazão nominal de operação, exatamente como os artigos 6.2.1 e 6.2.2 da NFPA-20. Esse fato produz uma certa confusão no mercado que considera que, se atender a esse segundo ponto da curva, se atende a NFPA-20, o que não é verdade, criando uma confusão que poderá ter sérias consequências referente às responsabilidades técnicas.
Assim sendo devemos nos precaver e ter rigor na especificação de equipamentos conforme a norma indicada, qualquer que seja, para podermos garantir e eficiência no combate a incêndio.