Ar nos canos de irrigação
No transporte de fluídos por cano é necessário ter em conta a possível aparição de ar nas diferentes fases de atividade da condução, uma vez que a sua presença causa incidentes.
Um fluído contém ar dissolvido em quantidades variáveis, a depender da pressão e da temperatura. O aumento da temperatura e a descida de pressão reduzem o conteúdo de ar dissolvido na água.
Origem de ar nos canos
– Por entrada de ar exterior nos canos
– Por evacuação incompleta durante o enchimento dos canos
Problemas relacionados com a presença de ar nos canos
O ar vai se concentrando nos canos em forma de bolsas. Estas bolsas localizam-se nos pontos altos da condução, reduzindo a secção de passagem, e com isso a capacidade de transporte no cano.
Se o sistema estiver sendo alimentado por bombeamento, não será capaz de fornecer a maior pressão requerida para vencer as bolsas de ar, portanto o fluxo irá diminuir.
Os contadores não diferenciam o volume de ar do da água, por isso se registam medidas inexatas. Nos instrumentos que medem velocidades, a presença de ar dará leituras errôneas e produzirá desgastes.
A existência de ar pode produzir aumentos drásticos de pressão que produzam a rotura dos canos.
O esvaziamento rápido de um cano, cria sucção e vazio dentro da mesma, podendo danificar a estrutura física do cano e provocar a sua ruptura.
Ao passar a água através dos acessórios dos canos, a velocidade de circulação aumenta devido à redução da secção, isso provoca uma queda de pressão e a formação de bolhas. Quando as condições de fluxo voltam a normalizar-se, as bolhas colidem, liberando grandes quantidades de energia e provocando erosões importantes.
Fonte: Traxco